Tem diabetes? O FreeStyle Libre é um medidor de glicose sem coleta de sangue. Veja como obter a cobertura pelo plano de saúde.
O FreeStyle Libre é um glicosímetro usado por diabéticos tipo 1 e 2. Diferente de outros medidores, ele não usa agulhas, aplicando-se por um adesivo na parte de trás do braço e durando 2 semanas. Por ser um dispositivo caro, a questão da cobertura pelo plano de saúde é relevante. Esta matéria explica se o plano de saúde cobre o FreeStyle Libre conforme as normas da ANS e como funciona o aparelho.
O FreeStyle Libre é um aparelho que verifica o nível de glicose no sangue do paciente diabético. Enquanto outros medidores fazem um pequeno furo na ponta do dedo da mão para fazer a análise, este dispositivo faz a leitura de maneira automática com o auxílio de um leitor.
O aparelho é um adesivo que funciona como um sensor e que vem com um aplicador próprio. Assim, o paciente deve aplicá-lo na parte de trás do braço e deixá-lo por 2 semanas.
Além de dar informações pontuais sobre a glicemia, ele também indica os níveis das últimas 8 horas e a tendência ao longo do dia. Desta forma, a verificação é contínua e aponta, inclusive, quando é necessário comer alguma coisa ou aplicar insulina.
Apesar de estar grudado na pele, o FreeStyle Libre é discreto, resistente ao suor e não sai no banho, piscina ou mar. Assim, sua retirada pode ser feita somente após o fim da sua bateria, para a aplicação de um novo aparelho.
O sensor vem acompanhado de um leitor, responsável pela indicação dos dados relacionados. Se preferir, o paciente também pode fazer a leitura utilizando o seu celular, desde que possua tecnologia NFC e tenha o aplicativo da marca instalado. Para fazer a leitura, basta aproximar o leitor ou celular do sensor.
Sim, o plano de saúde cobre o FreeStyle Libre, proporcionando maior conforto e economia aos beneficiários.
De acordo com a Súmula 102 do TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo), a operadora de saúde não pode se recusar a cobrir o tratamento indicado pelo médico sob o argumento de ser um tratamento experimental ou por não estar previsto no rol de procedimentos da ANS.
Além disso, pela Lei dos Planos de Saúde (Lei 9.656/98), os convênios médicos devem garantir a cobertura de todas as doenças listadas no CID-10, a Classificação Internacional de Doenças. Estando a diabetes nesta lista, ela deve ser coberta, assim como os tratamentos e medicamentos relacionados.
Sendo assim, uma vez que houver a indicação médica para que o beneficiário use o FreeStyle Libre, o plano de saúde deve, sim, fornecer a cobertura necessária.
Vale lembrar que não compete à operada opinar sobre o tratamento indicado pelo médico ao seu paciente. No caso da indicação do glicosímetro, não há espaço para questionamentos por parte da empresa de saúde.
O FreeStyle Libre é um medidor de glicose, sendo indicado para pacientes portadores de diabetes. De acordo com instruções do fabricante, o sensor pode ser utilizado por adultos e crianças a partir dos 4 anos de idade. O aparelho também pode ser usado por gestantes.
De qualquer modo, é importante que haja a indicação médica para o uso do dispositivo.
Elimina a necessidade das rotineiras picadas no dedo e permite o monitoramento contínuo da sua glicose sem interrupções na rotina.
O sistema é preciso e fornece uma visão mais completa do seu perfil glicêmico.
Estudos demonstram que o sensor FreeStyle Libre 2 Plus pode ajudar a reduzir a HbA1c, um indicador importante do controle do diabetes.
O acesso a informações em tempo real e insights personalizados permite assumir um papel mais ativo no gerenciamento do diabetes.
O sensor FreeStyle Libre 2 Plus pode reduzir o estresse e a ansiedade relacionados ao diabetes, além de melhorar o sono e a energia.
Antes de tudo, é necessário que o paciente passe por um acompanhamento médico com um especialista. A partir disso, o profissional da saúde pode prescrever o uso do FreeStyle Libre para o controle da glicemia.
Com a indicação médica em mãos, é só solicitar a cobertura ao plano de saúde e aguardar a resposta.
Mesmo que os planos de saúde devam, sim, oferecer a cobertura do FreeStyle Libre aos beneficiários que necessitam do aparelho, negativas pelas operadoras não são incomuns.
Um dos principais argumentos utilizados pelas empresas de saúde é a ausência do sensor no rol de procedimentos básicos da ANS. No entanto, a justificativa não é válida, já que o rol não deve servir como algo limitador, mas sim como um exemplo.
Além disso, havendo a cobertura da doença mediante cláusula em contrato, deve haver, também, a cobertura dos tratamentos necessários.
Sendo assim, é possível tomar algumas medidas para ter a cobertura pelo plano de saúde. A primeira delas é pedir à operadora a negativa da solicitação por escrito. Esse documento deve conter a razão explícita da recusa, e a empresa não pode se negar a entregá-lo.
Em seguida, é possível entrar com uma ação contra o plano de saúde e pedir uma liminar, uma decisão judicial feita em situações urgentes. Sem esse documento, o paciente provavelmente terá que esperar muito pelo resultado definitivo do pedido, que pode levar um tempo considerável. Dependendo da cidade, a liminar pode ser concedida em até 48 horas, apenas.
Nessa ação, o beneficiário pode pedir a cobertura do FreeStyle Libre ou, ainda, o reembolso do valor gasto com o medicamento.
Outra alternativa é reclamar junto à ANS ou aos órgãos de proteção ao consumidor, como o Procon. Por ele, você pode registrar sua reclamação online, pelo telefone, ou em um dos postos físicos credenciados.
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